15 de dezembro de 2010

ESTUDO SOBRE A BÍBLIA

BÍBLIA SAGRADA


A GENUÍNA PALAVRA DE DEUS









A MENSAGEM DIVINA PARA HUMANIDADE



Luiz Claudio Lopes







INTRODUÇÃO



A Bíblia Sagrada é o maior tesouro que a humanidade possui. Ela nos revela a pessoa do criador, nos ensina a conviver de forma harmoniosa com nossos semelhantes e aponta o caminho para o céu. A sua mensagem mostra é redentora e apresenta Jesus Cristo como filho de Deus e capaz de reconduzir o homem a presença do Pai.



O estudo da Bíblia é fascinante, desde que o estudante creia que ela é a genuína e suficiente Palavra de Deus. Quando isso torna-se realidade, o seu conteúdo se transforma em vida no ser humano. A Bíblia não é apenas mais um livro importante; ela é a voz do próprio Deus ao homem, direcionando seus passos pelas veredas da verdade.



O grande diferencial da Bíblia é que ela é viva e quando estamos lendo-a, o próprio autor a interpreta para nós - O Espírito Santo.





DESENVOLVIMENTO



I - A Mensagem da Bíblia

1. A Natureza da Bíblia

Devemos enfatizar a natureza verbal da revelação bíblica. Num tempo em que muitos menosprezam o valor de palavras, a favor de imagens e sentimentos, devemos notar que Deus escolheu se revelar através de palavras de linguagem humana. Isto é latente no episódio inteiro de Êxodo, quando Ele apareceu para Moisés, através da sarça ardente e falou claramente com ele. Quando Jesus apareceu num resplendor de luz, na estrada de Damasco e respondeu a Saulo de Tarso quando Lhe perguntou: "Quem és, Senhor?" As experiências religiosas são sem significado, a menos que acompanhadas pela comunicação verbal, transmitindo conteúdo intelectual.

Outra percepção errônea com respeito à natureza da Bíblia é considerar a Escritura como um mero registro de discursos e eventos revelatórios, e não a revelação de Deus em si mesma. A pessoa de Cristo, Suas ações, e Seus milagres revelam a mente de Deus. Paulo explica que "Toda Escritura é inspirada por Deus" (2 Tm 3.16). Enquanto uma pessoa negar que a Escritura é a revelação divina em si mesma, ela permanece sendo "apenas um livro". Mas, visto que as palavras da Escritura foram inspiradas por Deus, e aquelas palavras são a única revelação objetiva e explícita de Deus, é impossível olhar para o Senhor sem olhar para o Seu livro. As palavras da Escritura são as próprias palavras de Deus (Sl 19.9,10; 119.97,103; Pv 22.17-21).

2. A Inspiração da Bíblia

A Bíblia é Deus falando a nós. É a voz do próprio Deus. A própria natureza da Bíblia indica que a comunicação verbal é a melhor maneira de transmitir a revelação divina. (2 Tm 3.16,17). Tudo que podemos chamar de Escritura foi inspirado por Deus. Tudo da Escritura procede de Deus, portanto, podemos corretamente chamar a Bíblia de "a palavra de Deus". Esta é a doutrina da INSPIRAÇÃO DIVINA (2 Pe 1.20,21).

Deus exerceu tal controle preciso sobre a produção da Escritura para que o seu conteúdo, na própria letra, fosse o que Ele desejava colocar em escrito. (Mt 5.18). Esta visão alta da inspiração escriturística não implica ditação. Deus não ditou Sua palavra aos profetas e apóstolos como um patrão dita suas cartas para uma secretária. A Bíblia ensina que Deus exercita controle total e preciso sobre cada detalhe de Sua criação, a tal extensão que até mesmo os pensamentos dos homens estão sob o Seu controle. Isto é verdade com respeito a todo indivíduo, incluindo os escritores bíblicos. Deus de uma tal forma ordenou, dirigiu e controlou as vidas e pensamentos de Seus instrumentos escolhidos que, quando o tempo chegou, suas personalidades e os seus cenários eram perfeitamente adequados para escrever aquelas porções da Escritura que Deus tinha designado para eles (Ex 4.11,12; Jr 1.4,5,9).

3. A Unidade da Bíblia

A inspiração da Escritura implica a unidade da Escritura. Embora a personalidade distinta de cada escritor bíblico seja evidente, o conteúdo da Bíblia como um todo, exibe uma unidade e designa que procede de um único autor divino. Jesus assume a coerência da Escritura quando ele responde à tentação de Satanás em Mateus 4.5-7. Satanás encoraja Jesus a pular do templo citando o Salmo 91.11,12. Jesus replica com Deutoronômio 6.16, implicando que o uso de Satanás da passagem contradiz a instrução de Deuteronômio, e, portanto, é uma má aplicação. Quando alguém entende ou aplica uma passagem da Escritura de uma maneira que contradiz outra passagem, ele manejou mal o texto.

Cientistas e incrédulos podem se dedicar às contradições, mas os cristãos não devem tolerá-las. Pelo contrário, ao invés de abandonar a unidade da Escritura e a lei da não-contradição, como uma "defesa" contra aqueles que acusam as doutrinas bíblicas de serem contraditórias, devem afirmar e demonstrar a coerência destas doutrinas. Por outro lado, os cristãos devem expor a incoerência das crenças não-cristãs, e desafiar seus aderentes a abandoná-las.

4. A Infalibilidade da Bíblia

A infalibilidade bíblica acompanha necessariamente a inspiração e a unidade da Escritura. A Bíblia não contém erros; ela é correta em tudo o que declara. Visto que Deus não mente ou erra, e a Bíblia é a Sua palavra, segue-se que tudo escrito nela deve ser verdade. Jesus disse, "a Escritura não pode ser anulada" (Jo 10.35), e que "E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei" (Lc 16.17).

A infalibilidade da Escritura se refere a uma incapacidade para errar - a Bíblia não pode errar. A inerrânica, por outro lado, enfatiza que a Bíblia não erra. A primeira diz respeito ao potencial, enquanto a última, mostra o estado real do assunto. É possível para uma pessoa ser falível, mas produzir um texto que é livre de erro. Pessoas que são capazes de cometer enganos, apesar de tudo, não estão errando constantemente. Deus é infalível, e visto que a Bíblia é a Sua palavra, ela não pode e não contém nenhum erro.

Ter uma outra autoridade última além da Escritura, é rejeitar a Escritura, visto que a própria Bíblia reivindica infalibilidade e supremacia. Alguém que rejeita a infalibilidade e a inerrância bíblica, assume a posição intelectual de um incrédulo, e deve prosseguir para defender e justificar sua cosmo visão pessoal contra os argumentos dos crentes a favor da fé cristã.

5. A Autoridade da Bíblia

Visto que a Escritura é a própria palavra de Deus, ou Deus falando, a conclusão necessária é que ela carrega a autoridade de Deus. Portanto, a autoridade da Escritura é idêntica à autoridade de Deus. Os escritores bíblicos algumas vezes se referem a Deus e a Escritura como se os dois fossem intercambiáveis (Gn 12.1-3; Ex 9.13-16; Rm 9.17; Gl 3.8).

Visto que Deus possui autoridade absoluta e última, a Bíblia sempre carrega autoridade absoluta e última. Visto que não há diferença entre Deus falando e a Bíblia falando, não há diferença entre obedecer a Deus e obedecer a Bíblia. Crer e obedecer a Bíblia é crer e obedecer a Deus; não crer e desobedecer a Bíblia é não crer e desobedecer a Deus. A Bíblia não é apenas um instrumento através do qual Deus nos fala; antes, as palavras da Bíblia são as próprias palavras que Deus está falando - não há diferença. A Bíblia é a voz de Deus para a humanidade e a autoridade da Bíblia é total.

6. A Necessidade da Bíblia

A Bíblia é necessária para a informação precisa sobre as coisas de Deus. Visto que a teologia é central para tudo da vida e do pensamento, a Escritura é necessária como um fundamento para tudo da civilização humana. A Escritura é necessária para definir todo conceito e atividade cristã. Ela governa cada aspecto da vida espiritual, incluindo pregação, oração, adoração e direção. A Escritura é também necessária para a salvação ser possível, visto que a informação necessária para a salvação está revelada na Bíblia, e deve ser conduzida ao indivíduo por ela, para receber a salvação (2 Tm 3.15).

7. A Clareza da Bíblia

Há dois extremos, com respeito à clareza da Escritura, que os cristãos devem evitar. Um é manter que o significado da Escritura é totalmente obscuro à pessoa comum - somente um grupo de indivíduos de elite e escolhidos pode interpretá-la. A outra visão reivindica que a Escritura é tão clara que não há parte dela que seja difícil de ser entendida, e que nenhum treinamento em hermenêutica é requerido para manusear o texto. Por extensão, a interpretação de um teólogo maduro não é mais confiável do que a opinião de uma pessoa não treinada.

O importante é encontrar um ponto de equilíbrio entre esses dois extremos para que o uso da Escritura não seja cerceado do povo em geral, e que haja verdadeira competência para a interpretação bíblica. Mesmo o apóstolo Pedro, quando se referindo ao escritos de Paulo, diz que elas contêm algumas coisas que são difíceis de entender (2 Pe 3.16). Outro exemplo da clareza da Escritura é o episódio de Filipe e o eunuco, onde é necessária a intervenção de um intérprete (At 8.30-31). É possível aprender os princípios básicos da fé cristã, simplesmente lendo a Bíblia, mas há passagens que são, em diferentes graus, difíceis de entender (Ne 8.8). Este é o motivo pelo qual toda igreja deveria treinar seus membros na teologia, na hermenêutica e na lógica, de forma que eles possam manusear melhor a palavra da verdade.

8. A Suficiência da Bíblia

O ensino da suficiência da Escritura afirma que a Bíblia contém informação suficiente para alguém, não somente para encontrar a salvação em Cristo, mas para subseqüentemente receber instrução e direção em todo aspecto da vida e pensamento, seja por declarações explícitas da Escritura, ou por inferências necessárias dela. A Bíblia contém tudo que é necessário para construir uma cosmo visão cristão compreensiva que nos capacite a ter uma verdadeira visão da realidade.

A Escritura nos transmite, não somente a vontade de Deus em assuntos gerais da fé e conduta cristã, mas, ao se aplicar preceitos bíblicos, podemos também conhecer Sua vontade em nossas decisões específicas e pessoais. Tudo que precisamos saber como cristãos é encontrado na Bíblia, seja no âmbito familiar, do trabalho ou da igreja, pois a Palavra de Deus é suficiente para nos transformar a fim de nos tornarmos mais parecidos com Cristo (Rm 12.1,2; 2 Co 3.18; 2 Tm 3.16,17).



















CONCLUSÃO



Neste breve estudo, enfatizamos sua mensagem infalível, única, necessária, suficiente, etc. Essencialmente, a Bíblia é um livro de FÉ que aponta para a pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Essa deve ser perspectiva do leitor ao se debruçar nas páginas da Bíblia: "Estou diante da genuína revelação de Deus à humanidade".



Além da comunicação da mensagem de Deus ao homem, a Bíblia tem o poder de transformar vidas (Jo 17.17). Essa capacidade não encontra-se simplesmente na força das palavras contidas no texto, mas na ação sobrenatural do Espírito Santo na vida daquele que se rende a inspiração divina da Bíblia Sagrada. Quando isso ocorre, o coração humano se torna um terreno fértil para a semente da Palavra de Deus germinar e dar muito fruto (Mt 13.3-23).



Portanto, todo cristão deve, além de ler e estudar a Bíblia, ensiná-la de forma constante e didática (Mt 28.19). Somos testemunhas de Cristo (Is 43.10; At 1.8) e, portanto, temos por obrigação anunciar o Evangelho das Boas Novas de salvação (Jl 2.1; 1 Co 9.16). Essa é a tarefa da igreja e só declinaremos dessa incumbência quando passarmos para eternidade, pois lá não haverá mais essa necessidade.



Luiz Claudio Lopes

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